sábado, 18 de agosto de 2012

ADAPTAÇÕES E DICAS BÁSICAS PARA ATENDER NECESSIDADES ESPECIAIS EM ALUNOS SURDOS OU COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA




_ Posicionar o aluno na sala de aula de forma que possa ver os movimentos do rosto (orofaciais) do professor e de seus colegas;
_ utilizar a escrita e outros materiais visuais para favorecer a apreensão das informações abordadas verbalmente;
_ utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis: treinador de fala, tablado, softwares educativos, solicitar que o aluno use a prótese auditiva,
etc.;
_ utilizar textos escritos complementados com elementos que favoreçam sua compreensão: linguagem gestual, língua de sinais;
_ apresentar referências importantes e relevantes sobre um texto (o contexto histórico, o enredo, os personagens, a localização geográfica, a biografia do autor, etc.) em língua de sinais, oralmente, ou utilizando outros recursos, antes de sua leitura;
_ promover a interpretação de textos por meio de material plástico (desenho, pintura, murais, etc.) ou de material cênico (dramatização e mímica);
_ utilizar um sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades e necessidades do aluno: língua de sinais, leitura orofacial, linguagem
gestual, etc.
_ Há alunos que conseguem ler os movimentos dos lábios. Assim, o professor e os colegas devem falar o mais claramente possível, evitando voltar-se de costas enquanto fala. É extremamente difícil para estes alunos anotarem nas aulas, durante a exposição oral da matéria, principalmente aqueles que fazem leitura labial enquanto o professor fala;
_ É sempre útil fornecer uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma lista da terminologia técnica utilizada na disciplina, para o aluno tomar conhecimento das palavras e do conteúdo da aula a ser lecionada;
_ Este estudante pode necessitar de tempo extra para responder aos testes;
_ Fale com naturalidade e clareza, não exagerando no tom de voz;
_ Evite estar em frente à janela ou outras fontes de luz, pois o reflexo pode obstruir a visão;
_ Quando falar, não ponha a mão na frente da boca;
_ Quando utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, primeiro exponha os materiais e só depois explique ou vice-versa (ex: escreva o exercício no quadro ou no caderno e explique depois e não simultaneamente);
_ Repita as questões ou comentários durante as discussões ou conversas e indique (por gestos) quem está falando para uma melhor compreensão por parte do aluno;
_ Escreva no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para assegurar que foram entendidas;
_ Durante as avaliações, o aluno deverá ocupar um lugar na fila da frente.
_Um pequeno toque no ombro dele poderá ser um bom sistema parachamar-lhe a atenção, antes de fazer um esclarecimento.

Dicas básicas para a convivência com pessoas surdas ou com deficiência auditiva no dia a dia
_ Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou toque levemente em seu braço;
_ Se ela fizer leitura labial, fale de frente para ela e não cubra sua boca com gestos e objetos. Usar bigode também atrapalha;
_ Quando estiver conversando com uma pessoa surda, pronuncie bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar;
_ Não adianta gritar;
_ Se souber algumas palavras na língua brasileira de sinais, tente usá-las.
De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas;
_ Seja expressivo. As expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão boas indicações do que você quer dizer, em substituição ao
tom de voz;
_ Mantenha sempre contato visual; se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou;
_ A pessoa surda que é oralizada (ou seja, que aprendeu a falar) pode não ter um vocabulário extenso. Fale normalmente e, se perceber que ela não entendeu, use um sinônimo (carro em vez de automóvel, por exemplo);
_ Nem sempre a pessoa surda que fala tem boa dicção. Se não compreender o que ela está dizendo, peça que repita. Isso demonstra que você realmente está interessado e, por isso, as pessoas surdas não se incomodam de repetir quantas vezes for necessário para que sejam entendidas;
_ Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é se comunicar, seja qual for o método. 

 Retirado do artigo INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS   ESPECIAIS: contribuições ao professor do Ensino Regular
Elzabel Maria Alberton Frias (Profª PDE) e Maria Christine Berdusco Menezes (Orientadora/FAFIPA)