_ Posicionar o aluno na sala de aula de forma que possa ver os movimentos do rosto (orofaciais) do professor e de seus colegas;
_
utilizar
a escrita e outros materiais visuais para favorecer a apreensão das informações abordadas
verbalmente;
_
utilizar
os recursos e materiais adaptados disponíveis: treinador de fala, tablado, softwares
educativos, solicitar que o aluno use a prótese auditiva,
etc.;
_
utilizar
textos escritos complementados com elementos que favoreçam sua compreensão:
linguagem gestual, língua de sinais;
_
apresentar
referências importantes e relevantes sobre um texto (o contexto histórico, o
enredo, os personagens, a localização geográfica, a biografia do autor,
etc.) em língua de sinais, oralmente, ou utilizando outros recursos,
antes de sua leitura;
_
promover
a interpretação de textos por meio de material plástico (desenho, pintura, murais,
etc.) ou de material cênico (dramatização e mímica);
_
utilizar
um sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades e necessidades do
aluno: língua de sinais, leitura orofacial, linguagem
gestual, etc.
_
Há
alunos que conseguem ler os movimentos dos lábios. Assim, o professor e os
colegas devem falar o mais claramente possível, evitando voltar-se de costas
enquanto fala. É extremamente difícil para estes alunos anotarem nas
aulas, durante a exposição oral da matéria, principalmente
aqueles que fazem leitura labial enquanto o professor fala;
_
É sempre
útil fornecer uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma lista da
terminologia técnica utilizada na disciplina, para o aluno tomar conhecimento
das palavras e do conteúdo da aula a ser lecionada;
_
Este
estudante pode necessitar de tempo extra para responder aos testes;
_
Fale com
naturalidade e clareza, não exagerando no tom de voz;
_
Evite
estar em frente à janela ou outras fontes de luz, pois o reflexo pode obstruir a visão;
_
Quando
falar, não ponha a mão na frente da boca;
_
Quando
utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, primeiro exponha os materiais
e só depois explique ou vice-versa (ex: escreva o exercício no quadro
ou no caderno e explique depois e não simultaneamente);
_
Repita
as questões ou comentários durante as discussões ou conversas e indique (por gestos)
quem está falando para uma melhor compreensão por parte do aluno;
_
Escreva
no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para
assegurar que foram entendidas;
_
Durante
as avaliações, o aluno deverá ocupar um lugar na fila da frente.
_Um pequeno toque no
ombro dele poderá ser um bom sistema parachamar-lhe a atenção,
antes de fazer um esclarecimento.
Dicas básicas para a
convivência com pessoas surdas ou com deficiência auditiva no dia a dia
_
Quando
quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você,
acene para ela ou toque levemente em seu braço;
_
Se ela
fizer leitura labial, fale de frente para ela e não cubra sua boca com gestos e objetos.
Usar bigode também atrapalha;
_
Quando
estiver conversando com uma pessoa surda, pronuncie bem as palavras, mas não
exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar
mais devagar;
_
Não adianta
gritar;
_
Se
souber algumas palavras na língua brasileira de sinais, tente usá-las.
De modo geral, suas
tentativas serão apreciadas e estimuladas;
_
Seja
expressivo. As expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão boas
indicações do que você quer dizer, em substituição ao
tom de voz;
_
Mantenha
sempre contato visual; se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a
conversa terminou;
_
A pessoa
surda que é oralizada (ou seja, que aprendeu a falar) pode não ter um vocabulário
extenso. Fale normalmente e, se perceber que ela não entendeu, use um
sinônimo (carro em vez de automóvel, por exemplo);
_
Nem
sempre a pessoa surda que fala tem boa dicção. Se não compreender o que ela
está dizendo, peça que repita. Isso demonstra que você realmente está
interessado e, por isso, as pessoas surdas não se incomodam de repetir
quantas vezes for necessário para que sejam entendidas;
_
Se for
necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é se comunicar, seja qual for o
método.
Retirado do artigo INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS: contribuições ao professor do Ensino Regular
Elzabel Maria Alberton Frias (Profª PDE) e Maria Christine Berdusco Menezes (Orientadora/FAFIPA)