sexta-feira, 29 de maio de 2009

ARTIGOS PUBLICADOS


EDUCANDOS DA 4ª SÉRIE NO MOMENTO
DA LEITURA DO JORNAL
  • O ABISMO ENTRE O ENSINO REAL DA LÍNGUA E O ENSINO DESEJADO

                                                                        Mariza Andrade Guedes
                                                                        Maria Francisca da silva Mendonça

RESUMO:
As colocações feitas neste artigo refletem nosso olhar etnográfico acerca da experiência de professora/formadora e professora em formação com o contexto real das salas de aula de português. Foram muitas as constatações feitas, mas uma em especial, será alvo de nossas lentes, o fato de que em muitas salas de aula de português, ainda é o ensino de gramática prescritiva, que permanece ditando as “regras” do ensino/aprendizagem da língua. A preocupação é não apenas discutir a questão, mas mostrar que há possibilidade de se efetuar nas aulas de português um ensino de língua em uma perspectiva interacionista que amplie as competências de uso da linguagem.

PALAVRAS CHAVE: Ensino/aprendizagem, Aulas de português, Interacionismo, Ensino de língua.







Esse artigo surgiu de um projeto que foi elaborado pelas graduandas em Língua Portuguesa: Anunciada, Francisca e Waldecy, que teve como título: O resgate dos valores e posturas éticas das fábulas no contexto escolar, visando melhorar a convivência em sala de aula. Nossa pretensão foi favorecer momentos agradáveis de leitura também a reflexão sobre os valores como o respeito ao próximo, a ética, o amor, a amizade... Para que todos os envolvidos processo ensino e aprendizagem repensassem suas posturas. Fomos incentivadas e orientadas pelas professoras, da Universidade Estadual Vale do Acarau, Mariza Guedes e Geovana. Vale ressaltar, que o referido projeto foi posto em prática em uma Escola pública do município de Ananindeua, o qual foi bem aceito, por todos da comunidade escolar.Também foi ponto de partida para uma melhor convivência na escola.
Espero que seja gratificante para vocês, o quanto foi para nós.
Tirem bom proveito da leitura!
  • O resgate dos valores e posturas éticas das fábulas no contexto escolar
                                                                                 
Nas escolas, das instâncias públicas ou particulares, são observados problemas de agressões físicas ou verbais. Um cenário de violência que atinge a todos os atores sociais desse espaço de conflitos e contradições que é a escola. Constantemente, alunos são envolvidos em brigas, discussões ou disputas, utilizando energias de forma negativa. Içami Tiba (1998) chama atenção para o fato de que o aluno chega à escola despreparado para as práticas de aprendizagem, que exigem dele a prontidão para a aula. O autor argumenta que os jovens, na maioria dos casos, por falta de educação familiar, têm com o mundo uma relação primária de prazer e desprazer, segundo a qual todo esforço deve ser rejeitado. Assim sendo, a escola passa a ser o cenário de uma guerra na qual o professor tenta vencer a resistência do aluno. A sala de aula, em muitos casos, vira palco de uma crescente inimizade, da falta de cooperação, de solidariedade, de respeito entre os educandos.


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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Dicas para produção de textos dissertativos - argumentativos

Geralmente, quando temos que produzir algum texto, "pintam" as dúvidas: o que vou falar? Como começo a expor minhas ideias? O que argumentar? Enfim, é um Deus nos acuda! Essa postagem tem pretensões de amenizar, nem que seja um pouco, essas dificuldades. Portanto, leiam e tirem bom proveito! Vale ressaltar, que ao escrever um texto mais formal, recorro a esse material. Ah...!Ia esquecendo de dizer: aceito sugestões, críticas, desde que seja construtiva ok? Seu comentário é fundamental, para saber se estou realmente tendo um "espaço de interação" , sendo também, um estímulo a mais para eu continuar as postagens.
Uma boa leitura!

O QUE SE QUER?
O que se procura num texto dissertativo argumentativo é uma hipótese mais provável do que outras;
• A prontidão de raciocínio, a capacidade de usar a razão para dar respostas a situações novas;
• O texto deve revelar se quem o escreve está envolvido com os problemas do mundo em que vive se tem sensibilidade social, preocupação ética, hábito de reflexão, se sabe usar a linguagem para fazer se entender e para ouvir as razões do outro;

A GERAÇÃO DE IDEIAS

Recorrer a procedimentos seculares da retórica;
• Um deles é o de pensar no modo como raciocina alguém de quem você discorda. O que ele diria sobre o assunto?
• Outra forma de criar argumentos é por meio de paradoxos (doxa é como os gregos nomeavam a opinião comum);
• Faz paradoxos retóricos aquele que, mesmo não sabendo o que vai criar, sabe o que procura – afastar-se do senso comum, o admirável da ideia surpreendente, a ideia que vai contra a corrente.
• ILUSTRAR ARGUMENTOS
A exemplificação é uma saída para argumentação, mas atenção para não gastar parágrafos inteiros nos exemplos, esquecendo-se de discutir a idéia central;

FAZER UM PLANO
Para não se perder no meio do caminho, melhor rascunhar um plano para abordar o assunto;
• Quais temas serão abordados do início ao fim do processo?
• Disponha os assuntos um sobre o outro, para mudar algum tema de lugar e ter a idéia geral da redação.
O QUE É ARGUMENTAR
É apresentar evidências que confirmem a posição assumida, expor os detalhes que justifiquem a tese, para convencer o leitor de que a defesa que se faz é a melhor possível.
A estrutura do texto
COMO ORGANIZAR O QUE DIZER
É preciso organizar o caminho após definir os argumentos que se vai usar:
• Fazer anotações soltas, independentes;
• Fazer lista de palavras-chave;
• Anotar o que vem a mente, desordenadamente, para depois cortar e ordenar;
• Resumir ideias para depois partir para o detalhe, o exemplo, a ideia secundária;
• Criar um primeiro parágrafo para desbloquear e depois desenvolveras ideias ali expostas;
• Escrever a ideia central e as secundárias em frases isoladas para aí interligá-las.
ANTES DE PASSAR O RASCUNHO A LIMPO
Avalie se seu plano de voo original foi posto em prática;
• Confira se o texto flui ponto por ponto;
• Verifique se as informações se antecipam a possíveis indagações do leitor;
• Corte informações e trechos irrelevantes;
• Veja se trechos devem ser redistribuídos ou se vale a pena usá-los noutro ponto do texto;
• Há ponto de vista especial sobre a questão?
• Você induz o leitor a tomar uma posição?
• Quais os argumentos contrários aos seus? Você os ignora (que é o mesmo de não ter resposta para eles)?
UNIDADE
Seja para o texto com opinião ou para o narrativo, a falta de unidade na abordagem é sempre um defeito. Tenha sempre em mente a “espinha dorsal” do texto.

COESÃO E COERÊNCIA

O texto se organiza em torno de um elemento de referência. A partir dele todo o resto se posiciona. Uma ideia deve levar a outra, sem sobressaltos. Um parágrafo deve ter relação com o anterior e o próximo.

A CONCLUSÃO

Deve retomar o pretexto inicial do texto. Assim fica claro que sua relação de argumentos está chegando ao fim. Além disso, esse formato atesta que aquele pretexto usado não foi em vão.

PREPARAÇÃO PARA A ESCRITA

Escrever se aprende lendo e escrevendo
  • Fazer só uma dessas operações não leva necessariamente a fazer melhor a outra;
  • Quem lê muito sem escrever, ou escreve sem ler, será uma pessoa limitada para escrever redações.

    Não deixe para exercitar a escrita de última hora;
    O aprendizado da escrita é resultado de um processo contínuo e ininterrupto, sempre aperfeiçoável;
    Não é possível aprender a escrever bem em curto prazo.
    CURIOSIDADE
    Habitue-se a formular perguntas sobre os vários fatos de nosso cotidiano e busque as respostas nas mais diversas fontes (ideológicas, culturais e filosóficas), pois essas informações podem fundamentar o texto.

    CUIDADOS ESPECIAIS
    O LUGAR COMUM
    Clichês denunciam falta de reflexão por parte do estudante;
    • Ser original significa fugir das frases feitas, das fórmulas prontas. CONCISÃO
    • Nada de parágrafos intermináveis, com descrições alongadas e pouco objetivas;
    • Cuidado com o estilo telegráfico. Ele exige habilidade, pois nem sempre garante clareza suficiente
    REDUNDÂNCIAS
    Evite repetições de conectores;
    • Não repita palavras;
    Mas deve haver relações de sentido entre os sinônimos
    OUSADIA NA ARGUMENTAÇÃO
    Você pode ser ousado mas sem sair da proposta feita pelo enunciado da redação
    CUIDADO COM PRECONCEITO
    • Não vale argumentar por meio de dogmas, como se fosse converter alguém em 30 linhas;
    • Ser racista, machista, homofóbico ou mesmo defender a pena de morte é considerado inaceitável!
    • Evitar preconceitos significa considerar a perspectiva contrária.



http://www.synthesis.pro.br/images2/imagens%20site/escrevendo.jpg
*Referência bibliográfica retirada também, de slides apresentados pela Mestra Sheila Maués( educadora na Universidade Estadual Vale do Acaraú-Pará.

A (IN) COERÊNCIA EM TEXTOS DISSERTATIVOS

Em dezembro de 2008, eu e minhas colegas Anunciada e Waldecy, defendemos o nosso Trabalho de Conclusão de Curso- TCC, última etapa para a obtenção do diploma do curso Licenciatura Plena em Língua Portugesa.

Saiba um pouco do que se trata nosso TCC, que tem como tema: A COERÊNCIA EM TEXTOS DISSERTATIVOS DE ALUNOS Do 9º ANO

RESUMO: A relevância desta pesquisa está no sentido não só de apontar problemas, mas também, buscar novas alternativas de resolução às dificuldades de produção-correção de textos dissertativos, uma vez ser a escrita de textos atividades difíceis durante o ensino/aprendizagem de língua Portuguesa como língua materna. O objetivo da pesquisa é sabermos como a produção textual está sendo abordada, que conhecimentos subsidiam tal abordagem, e quais as condições reais de produção de tais textos, especificamente, como os professores de Língua Portuguesa analisam a coerência nos textos dissertativos dos alunos dO 9º ano. A metodologia adotada teve base estudo bibliográfico e de campo analítico descritivo; optamos para dar suporte a temática os autores Koch e Travaglia (2000 e 2004), Sautchuk (2003), Antunes (2006), que abordam a coerência numa perspectiva interacionista, portanto dialógica e Paulo Freire (1970), num estudo de campo, com abordagem quali-quantitativa; sendo sujeitos da pesquisa professores de Língua Portuguesa e alunos da 9º ano da rede municipal de ensino. Para coleta dos dados foi aplicado aos quatro professores questionários com perguntas objetivas e subjetivas, também analisamos a coerência textual em quatro textos produzidos por alunos já “corrigidos” pelo docente. Nos resultados constatamos que a produção/correção de textos é tarefa que deixa a desejar, pois, o professor não estabelece critérios durante a correção e análise da coerência nos textos dissertativos dos alunos do 8º ano, e nem sempre é feito dentro de uma perspectiva interacionista de produção. Estes, não são acostumados escrever e/ou ler os diversos gêneros textuais que circulam socialmente.



Capacitação e compromisso com a educação


IMAGEM DE ALGUNS ALUNOS DA
4ª SÉRIE DA ESCOLA ELAINE


A escola como um todo deve está voltada à formação de alunos-cidadãos leitores/escritores plenos, que possam por meio da leitura e ou escrita, resolver ou apaziguar seus problemas sociais. Para tanto, nós educadores precisamos de capacitação e comprometimento de fato, com o ato de formar esses leitores/ escritores, levando estratégia de leituras, textos dos mais variados gêneros que circulam na sociedade, desde as séries iniciais do ensino fundamental. É interessante que não subestimemos a capacidade de letramento de nossos alunos, ao levarmos para nossas aulas apenas um gênero textual, negando a existência e contato, desde a fase inicial do letramento escolar, o aprendizado dessa variedade de gêneros que circulam na sociedade vigente. Também, não devemos restringir ao ensino e apredizagem apenas ao uso do livro didático como suporte das aulas, mesmo que este livro já tenha uma proposta mais progressista, que focalize o texto como parte da atividade discursiva, verbal e não-verbal, possibilitando a formação de leitor/escritor com habilidades mais ampla e útil a vivência dos alunos. Ao se falar em livros didáticos, percebe-se que esse recurso didático é presente e necessário como suporte ao ensino/ aprendizagem.É notório também, que as tipologias de perguntas de compreensão desses livros didáticos já contribuem, de forma mais eficaz, para a formação de um leitor mais “proficiente”, No entanto, não é suficiente e o necessário, apenas este recurso para o bom direcionamento das aulas. O interessante é que
levemos vários gêneros textuais, para que os discentes percebam, concordem e apreendam a sua funcionalidade para o convívio na sociedade vigente, sendo assim: 
O necessário é fazer da escola uma comunidade de leitores que recorrem aos textos buscando respostas para os problemas que necessitam resolver, tratando de encontrar informação para compreender melhor alguns aspectos do mundo que é objeto de sua preocupação, buscando argumentos para defender uma posição com a qual estão comprometidas, ou para rebater outra que consideram perigosas ou injustas, desejando conhecer outros modos de vidas, [...] descobrir outras formas de utilizar a linguagem para novos sentidos... (LENER 2002, p10 11)
Sabemos que a leitura/escrita é instrumento básico e essencial ao desenvolvimento cognitivo do ser humano, pois, parte de uma necessidade básica para compreensão e recriação das experiências vivenciadas no dia a dia. Bakhtin (1929/1953) confirma isso ao referir-se aos processos interativos que ocorrem durante a interpretação de textos, fazendo com que o leitor ative, aceite, reformule, contraponha e complemente as informações do texto conforme seus conhecimentos e experiências. Vale ressaltar, que nós enquanto educadores além de capacitados para exercermos nossa função de mediadores, na tarefa de formar leitores/escritores, devemos rever nossas práticas de leitura na escola, desde as séries iniciais, sendo comprometidos com o social que estamos inseridos, sendo leitores e escritores proficientes, para que sejamos “modelos” a serem seguidos por nossos alunos.

APROVEITO A OPORTUNIDADE PARA AGRADECER  E DAR OS MEUS PARABÉNS AOS PROFESSORES DO CURSO APRENDENDO COM A TCS, QUE POSSIBILITA O APERFEIÇOAMENTO E O LETRAMENTO DIGITAL A NÓS PROFESSORES QUE PRECISAMOS DE ATUALIZAÇÃO E CONHECIMENTOS PARA FICARMOS "ANTENADOS", PARA ACOMPANHAR A "MOLECADA" QUE SÃO "SAFOS" NO MANEJO DESSA FERRAMENTA, O COMPUTADOR, TÃO PRESENTE EM NOSSA SOCIEDADE.
O NOSSO MUITO OBRIGADO, A TODA A EQUIPE, EM ESPECIAL,  AO PROFESSOR DILSON, QUE É UM MESTRE NESSA ÁREA E QUE SABE COMPARTILHAR SEUS CONHECIMENTOS COMPETENTEMENTE, SEM CONTAR NO SORRISÃO QUE É PERCEPTÍVEL EM SEU ROSTO AO VER O PROGRESSO DE SEUS DISCÍPULOS.
ESTAMOS FELIZES POR ESTA OPORTUNIDADE! PROCURAREI FAZER USO DE MAIS ESSA FERRAMENTA!
                                                                                                                                       OBRIGADA!